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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Um pouco sobre o autismo e as "brechas" com o mundo externo

Foto: UM POUCO SOBRE O AUTISMO E AS "BRECHAS" COM O MUNDO EXTERNO

O diagnóstico do Autismo tem crescido muito nos últimos anos. De um lado este diagnóstico se aperfeiçou e, de outro lado, se banalizou. Mas, isso não esconde o fato de que o autismo é uma demanda a ser observada com muita atenção. A psicanálise, por exemplo, tem caminhado cada vez mais em direção ao estudo dos estágios iniciais da vida e isso tem aberto inúmeras possibilidades de tratamento. Os pais que possuem crianças autistas sabem exatamente o drama que a condição impõe ao conjunto da família. Trata-se de uma "AUSÊNCIA NA PRESENÇA", que é fonte de angústia para os familiares. A criança está ali, mas não está. Entretanto, o senso comum ainda vê o autista como ser absolutamente "alienado", que "constrói um mundo só para ele". Esta é uma noção que parece "acalmar" quem a formula e acredita, fazendo parecer que, mesmo "ausente", o autista está em um razoável nível de "segurança". Pensar assim atenua a dor de quem está do lado de cá, embora essa "segurança" não seja assim tão clara, pois o autista está sempre no limite entre um mundo externo que lhe é ameaçador, e um mundo interno do qual tenta fugir, sem conseguir. São poucas as "brechas" que possui para o contato com o mundo externo e são estas BRECHAS que precisam ser exploradas e alimentadas pelo tratamento psíquico e pelos familiares.

(José Henrique P. e Silva)






O diagnóstico do Autismo tem crescido muito nos últimos anos. De um lado este diagnóstico se aperfeiçou e, de outro lado, se banalizou. Mas, isso não esconde o fato de que o autismo é uma demanda a ser observada com muita atenção. A psicanálise, por exemplo, tem caminhado cada vez mais em direção ao estudo dos estágios iniciais da vida e isso tem aberto inúmeras possibilidades de tratamento. Os pais que possuem crianças autistas sabem exatamente o drama que a condição impõe ao conjunto da família. Trata-se de uma "AUSÊNCIA NA PRESENÇA", que é fonte de angústia para os familiares. A criança está ali, mas não está. Entretanto, o senso comum ainda vê o autista como ser absolutamente "alienado", que "constrói um mundo só para ele". Esta é uma noção que parece "acalmar" quem a formula e acredita, fazendo parecer que, mesmo "ausente", o autista está em um razoável nível de "segurança". Pensar assim atenua a dor de quem está do lado de cá, embora essa "segurança" não seja assim tão clara, pois o autista está sempre no limite entre um mundo externo que lhe é ameaçador, e um mundo interno do qual tenta fugir, sem conseguir. São poucas as "brechas" que possui para o contato com o mundo externo e são estas BRECHAS que precisam ser exploradas e alimentadas pelo tratamento psíquico e pelos familiares.

(José Henrique P. e Silva)