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sábado, 9 de agosto de 2014

A razão e nossas pulsões!

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Essa talvez seja uma das frases de Freud mais difíceis de entender. Parece tudo muito simples, mas precisa ser lida em seu contexto mais amplo. Temos a "razão" sim e de lá retiramos nossa inteligência e capacidade de "domar" nossas pulsões e desejos...mas é uma "capacidade", não há ai um determinismo. O que há é uma luta constante entre a pulsão que deseja sua satisfação e nossos limites colocados pela razão e pela necessária vida em sociedade. Não é a razão que nos torna humanos, nem os desejos são o que nos torna humanos...acho que é esta "luta constante" que nos torna humanos!!!

(José Henrique P. e Silva)

O necessário amadurecimento!

"A gente deixa de ser jovem quando entende que falar do sofrimento não é uma perda de tempo..." 
(Bianca, "Sessão de Terapia", GNT, 04.08.2014).

A frase é muito boa. Fala de um "amadurecimento" que pouco tem a ver com a idade, mas com uma mudança no ângulo a partir do qual se enxerga a vida, um ângulo agora menos voltado para o lado de fora, e mais voltado para o lado de dentro...não dá pra recusar indefinidamente este olhar para dentro. É só aí que falar do sofrimento deixa de ser mesmo uma perda de tempo! Talvez este seja um dos principais pontos que definam o que é o "amadurecimento", e insisto, nada tem a ver com "idade cronológica"... nunca teve!

(José Henrique P. e Silva)

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Dá pra simplesmente "esquecer" o passado?

Em 100,0% das vezes que se vê alguém sofrendo por algo acontecido no passado o conselho é sempre o mesmo: "esqueça o passado" e simplesmente viva. Ok, belo conselho, mas inútil em 99,9% dos casos, simplesmente pelo fato de que são as experiências do passado que nos constituíram como pessoa e, se precisamos agora mudar algo, assumir novas ideias e novas comportamentos, teremos que revisitar aquilo que nos constituiu e dar àquilo um novo significado. Decidir o que vamos fazer com nosso passado não é uma escolha meramente "consciente" ou de nossa "razão" ou "vontade". É um pouco mais complexo que isso, senão o conselho bastaria em si mesmo. Então, é assim...o passado não nos larga, só não podemos ficar reféns dele! É preciso conversar sobre ele, ou ele não nos deixará em paz!!!

(José Henrique P. e Silva)

"Não somos donos de nossa própria casa" (Freud)

Outro dia a psicóloga e filósofa Viviane Mosé trouxe em sua página do Facebook uma interessante reflexão ao lembrar que "...o pensamento é muito mais amplo do que temos consciência. Podemos pensar sem palavras, em fluxos tão rápidos, que não conseguimos traduzir em signos de comunicação..."

Para enfatizar a ideia, trouxe uma citação de Nietzsche: "...o ser humano, como toda criatura viva, pensa continuamente, mas não o sabe; o pensar que se torna consciente é apenas a parte menor, a mais superficial, a pior, digamos...".

Isso me leva a pensar de imediato em Freud quando nos diz que "não somos donos de nossa própria casa", ou seja, possuímos pulsões que escapam a qualquer controle e acesso à consciência - Estamos falando, então, de nosso "inconsciente", que tanto é objeto da Psicanálise. 

Dessa forma, nossos pensamentos e comportamentos, somente em parte são regidos pela "razão", daí talvez tantas "angústias sem nome", e de onde não sabemos exatamente a origem da dor, daquela falta. Mas, ela está ali, nos pressionando, nos paralisando, ditando nossos passos para muito além de nossa capacidade de controle, raciocínio e entendimento. 

Somos sujeitos "divididos", mas não necessariamente, ou exclusivamente, em mente e corpo. Antes mesmo disso, nossa mente está dividida em uma parte "consciente" que conhecemos e outra "inconsciente", que também nos define, mas que pouco ou nada dela sabemos. É por isso que, como nos diz Freud, de minha casa (mente) só sou dono somente de um pequeno cômodo (razão).

A imagem anexada é só para efeito didático, mas mostra bem essa divisão a que estamos sujeitos!

(José Henrique P. e Silva)

domingo, 27 de julho de 2014

O inconsciente é o "alvo" da Psicanálise!

Foto: Trata-se de uma daquelas frases de Freud que diz muito mais do que se percebe à primeira vista. Nos fala não só do inconsciente, mas do recalque e da pulsão, pilares da teoria psicanalítica. Ou seja, falar em psicanálise é trazer a questão do inconsciente para primeiro plano. Porém, apesar de ter sido dita a quase 100 anos, esta frase ainda permanece obscura para muitos que não percebem que entre a "doença" manifestada no sintoma e os "conteúdos psíquicos" (emocionais) que todos apresentamos, existe o inconsciente determinando boa parte de nossa vida (ações e pensamentos). É aquilo que muitas ciências não conseguem enxergar ou mesmo admitir. É para ele, especialmente, que a psicanálise dirige seu olhar e seus esforços!!!

(José Henrique P. e Silva)
Trata-se de uma daquelas frases de Freud que diz muito mais do que se percebe à primeira vista. Nos fala não só do inconsciente, mas do recalque e da pulsão, pilares da teoria psicanalítica. Ou seja, falar em psicanálise é trazer a questão do inconsciente para primeiro plano. Porém, apesar de ter sido dita a quase 100 anos, esta frase ainda permanece obscura para muitos que não percebem que entre a "doença" manifestada no sintoma e os "conteúdos psíquicos" (emocionais) que todos apresentamos, existe o inconsciente determinando boa parte de nossa vida (ações e pensamentos). É aquilo que muitas ciências não conseguem enxergar ou mesmo admitir. É para ele, especialmente, que a psicanálise dirige seu olhar e seus esforços!!!

(José Henrique P. e Silva)

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Chistes: Uma piada nem sempre é so uma piada!

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Com os "chistes" (sentimentos prazerosos com piadas e gracejos) aprendemos que uma piada nem sempre é só uma piada. Podemos sorrir e nos satisfazer com uma piada pelo próprio jogo de palavras que ela traz, mas existem casos em que a piada "sacode" o nosso inconsciente, seja quando formulamos a piada, seja quando simplesmente obtemos um forte prazer em escutá-la. É como se ela desse vazão a alguns desejos que podem ser de várias ordens (agressivos, preconceituosos, etc.). É uma forma, então de expressarmos aquilo que não conseguimos manifestar pela via "racional", do consciente puro e simples. São momentos em que perdemos um pouco de nosso "filtro" social e nos revelamos mais intimamente... embora para a grande maioria, tudo não passe de uma simples reação à piada! Nesse sentido, o chiste é um dos caminhos através dos quais o inconsciente se manifesta. Não, definitivamente, uma piada, as vezes, não é simplesmente uma piada! Não à toa o humor, de forma geral, é visto como um mecanismo para deixar a vida mais leve, pois libera conteúdos que não nos sentimos bem em falar sobre eles...mas, justamente por isso, pode trazer consequências sociais desagradáveis!!!
(José Henrique P. e Silva)

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A Lua e o "Mar dos Desejos"

Símbolo de um profundo romantismo, a Lua também possui outros significados, entre os quais o de algo "obscuro", "desconhecido", que ao mesmo tempo atemoriza e fascina. Quando o Pink Floyd deu o nome de "Dark Side of the Moon" a seu álbum lançado em 1973, deu ainda mais destaque a este "lado escuro" da Lua. Um lado que, contrastando com sua face iluminada e sempre visível, pouco desperta o interessa dos mais românticos. Mas, é interessante que, devido aos seus movimentos e aos da Terra, esse "lado escuro" permaneça sempre invisível aos nossos olhos, embora saibamos que ele está lá, sempre representando a face desconhecida e praticamente inalcançável da Lua. É este "lado escuro" que também me fascina, pois está clara sua associação com o "inconsciente", aquele nosso "lado escuro", desconhecido, que também nos atemoriza e nos fascina. Não é à toa, talvez, que um dos mares localizados neste "lado escuro" da Lua foi denominado pelos cientistas de "mar dos desejos". Ora, nada mais apropriado que situar o mar dos desejos no lado escuro, afinal, nossos desejos mais profundos não estão em nosso inconsciente?

quarta-feira, 18 de junho de 2014

O "cuidar compulsivo" no tratamento a doentes terminais


Um estado patológico "interessante" é aquele que surge em algumas pessoas que, quando estão "cuidando" intensivamente de uma pessoa muito doente, praticamente, "desejam" a sua morte. Trata-se, evidentemente, de um desejo inconsciente. É diferente daquelas situações onde, de forma consciente, sabemos que o fim da pessoa está próximo e acabamos torcendo para que sua morte venha como um "alívio" para ela mesmo. Mas, nesses casos patológicos de que falei, o comportamento é diferente. Há relatos do tipo: "tenho muito medo que aconteça algo e ele(a) morra". E, com base nesse "medo obsessivo" a pessoa acaba desenvolvendo um "cuidar compulsivo". É aí que pode surgir a patologia mostrando que essa vontade excessiva de "cuidar" pode ser uma reação àquele "desejo oposto" de que a pessoa, enfim, morra. Mas, por que, então, "cuidar" tanto? O cuidar em excesso, nesses casos, viria como resposta ao sentimento inconsciente de culpa gerado pelo desejo de morte. "Estar perto" do doente é necessário para justamente evitar ideias obsessivas que podem revelar o desejo de fazer algum mal. Bem, mas isso é só uma hipótese, que pode ser aplicada em casos específicos que acontecem de vez em quando e que, como profissionais, precisamos estar atentos!!!