quinta-feira, 31 de julho de 2014

"Não somos donos de nossa própria casa" (Freud)

Outro dia a psicóloga e filósofa Viviane Mosé trouxe em sua página do Facebook uma interessante reflexão ao lembrar que "...o pensamento é muito mais amplo do que temos consciência. Podemos pensar sem palavras, em fluxos tão rápidos, que não conseguimos traduzir em signos de comunicação..."

Para enfatizar a ideia, trouxe uma citação de Nietzsche: "...o ser humano, como toda criatura viva, pensa continuamente, mas não o sabe; o pensar que se torna consciente é apenas a parte menor, a mais superficial, a pior, digamos...".

Isso me leva a pensar de imediato em Freud quando nos diz que "não somos donos de nossa própria casa", ou seja, possuímos pulsões que escapam a qualquer controle e acesso à consciência - Estamos falando, então, de nosso "inconsciente", que tanto é objeto da Psicanálise. 

Dessa forma, nossos pensamentos e comportamentos, somente em parte são regidos pela "razão", daí talvez tantas "angústias sem nome", e de onde não sabemos exatamente a origem da dor, daquela falta. Mas, ela está ali, nos pressionando, nos paralisando, ditando nossos passos para muito além de nossa capacidade de controle, raciocínio e entendimento. 

Somos sujeitos "divididos", mas não necessariamente, ou exclusivamente, em mente e corpo. Antes mesmo disso, nossa mente está dividida em uma parte "consciente" que conhecemos e outra "inconsciente", que também nos define, mas que pouco ou nada dela sabemos. É por isso que, como nos diz Freud, de minha casa (mente) só sou dono somente de um pequeno cômodo (razão).

A imagem anexada é só para efeito didático, mas mostra bem essa divisão a que estamos sujeitos!

(José Henrique P. e Silva)

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