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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Tratamento psicanalítico não é "teoria aplicada"!

Em dez/2010, na revista Cult, a psicanalista Maria Rita Kehl, em entrevista, nos falou de seu gosto pela polêmica, sua fobia em seguir dogmas e, poder pensar sem tantas amarras acadêmicas. Um exemplo disso está em sua recusa em escrever "lacanês". Pessoalmente acho isso, acima de tudo, um respeito ao pensamento e ao leitor. Mas, é uma questão de estilo e respeito quem pensa o contrário. Na entrevista ela falou sobre a clínica psicanalítica em seu dia a dia e nos lembrou, de forma bem acertada, que mesmo com toda a teoria na cabeça do psicanalista cada paciente novo é um novo começo, do zero. Afinal, A PSICANÁLISE OPERA ENTRE A FALA DO PACIENTE E A ESCUTA DO PSICANALISTA. Daí a necessária humildade, pois NÃO SE TRATA DE "TEORIA APLICADA". O profissional que almejar isto, certamente vai encontrar dificuldades em obter êxito nos tratamentos. Por isso, a fantasia do paciente em esperar por 
"conselhos" afunda!!!

José Henrique P. e Silva

Não há tédio na clínica psicanalítica!


Em entrevista em dez/2010 (Revista Cult), a psicanalista Maria Rita Kehl nos lembra também da "potência política" que o tratamento analítico possui. Isso decorre do fato de que o final de uma análise vai sempr no sentido de um COMPROMISSO DO SUJEITO COM SEU DESEJO. Ora, isto é cômico e trágico, ao mesmo tempo. Trágico pela constatação da premanente presença da "falta", e cômica porque quando o sujeito se depara com a fantasia que sempre sustentou sua neurose passa a se ver diante de algo que lhe parece, agora, muito simples, e percebe o quanto foi um "escravo voluntário" das pretensões de seu superego, por exemplo. É nesse sentido que não há tédio na clínica psicanalítica. Há, sim, sempre um processo de descoberta. Esse par analítico (paciente e analista) é rico em possibilidades e descobertas. esta é a grande potência política da psicanálise: o COMPROOMISSO DO SUJEITO COM SEU DESEJO!!!

(José Henrique P. e Silva)