
A árvore que não dá frutos
É xingada de estéril
Quem examina o solo?
O galho que quebra
É xingado de pobre
Mas não havia neve sobre ele?
Do rio que tudo arrasta
Se diz que é violento
Ninguém diz violentas
As margens que o cerceiam
(Bertold Brecht)
Conheci este poema no livro "Os anjos também surtam" (prof. Ierece Barbosa) e achei lindo por escapar ao senso comum de ver naquilo que escapa à margem uma certa anormalidade. Talvez só exista aí uma urgente necessidade de transbordar algo que está em excesso...e o excesso também pode ser de amor!!!
(José Henrique P. e Silva)