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sábado, 9 de agosto de 2014

Pulsão de morte!

Foto: Nesta frase de Freud um ponto muito interessante. Desde o seu início, a psicanálise sempre viu no "amor" uma força central e quase exclusiva no ser humano. Foi com o tempo, muitos anos depois, que Freud começou a enxergar que o impulso pela "morte" pode ser tão forte quanto. Pulsão de vida e pulsão de morte seriam aquelas duas grandes forças que nos movimentam. Alguma dúvida sobre a "pulsão de morte"? Basta pensar naquela força que nos rebaixa quando em um estado depressivo, ou aquela ausência de vitalidade, por exemplo, em um estado melancólico. É uma força poderosa. Não pode ser desmerecida!!!

(José Henrique P. e Silva)
Nesta frase de Freud um ponto muito interessante. Desde o seu início, a psicanálise sempre viu no "amor" uma força central e quase exclusiva no ser humano. Foi com o tempo, muitos anos depois, que Freud começou a enxergar que o impulso pela "morte" pode ser tão forte quanto. Pulsão de vida e pulsão de morte seriam aquelas duas grandes forças que nos movimentam. Alguma dúvida sobre a "pulsão de morte"? Basta pensar naquela força que nos rebaixa quando em um estado depressivo, ou aquela ausência de vitalidade, por exemplo, em um estado melancólico. É uma força poderosa. Não pode ser desmerecida!!!

(José Henrique P. e Silva)

domingo, 27 de julho de 2014

O tão difícil amadurecimento!

"...Por ser mais ansiosa que as outras ou porque não conseguiu ter um apego suficientemente seguro para poder retirar dele a autoconfiança necessária, a criança as vezes tem dificuldade de transpor as etapas da conquista da autonomia (...) busca então prolongar uma "colagem" arcaica, mostrando uma tendência à regressão que traduz sua dificuldade - recusa até - de crescer..." (Marcel Rufo, psicanalista francês - "Me larga! Separar-se para crescer").
Esta citação do Rufo traz um tema de vital importância pois diz respeito àquela necessária autoconfiança que a criança adquire no afeto recebido e que é decisiva para sua integridade emocional. Caso este processo apresente falhas substanciais o adolescente ou adulto poderá apresentar tendências à regressão no sentido de buscar sempre esse afeto não recebido. Na sua depressão, por exemplo, estará sempre em busca daquela satisfação que um dia perdeu e não soube mais viver sem...estamos falando de maturidade, de crescimento emocional, de algo que exige uma constituição psíquica minimamente saudável, do contrário, seremos sempre como crianças em busca do aconchego de um colo materno...metaforicamente é claro...mas as vezes bem real!!!

(José Henrique P. e Silva)

27.07.2014 - A necessária educação sustentada no afeto

O horário era o do almoço. Perto de umas 13:30. Eu estava sozinho almoçando em um local que gosto muito em Sampa, mais precisamente na Rua Augusta...ufa, que saudades daquelas esquinas tão democráticas, com todo tipo de gente e de gostos. Mas, vamos lá! Numa mesa próxima, um pai e duas crianças. Em determinado momento uma delas, a menor (talvez uns 5 anos), abre uma mochila, tira um brinquedo e o coloca sobre a mesa. O "problema" é que o brinquedo ao ser colocado e arrastado sujou a toalha que cobria a mesa. A reação do pai foi absolutamente desproporcional. Numa rápida reação esticou o braço, arrancou o brinquedo das mãos da criança, depois, com uma mão lhe segurou fortemente o braço, com a outra lhe colocou o dedo na cara e desfilou uma série de pequenas ofensas, com uma feição que beirava o ódio.

Ele parecia mesmo estar seguro de que realmente tinha feito a coisa certa, afinal estava dando uma demonstração pública de seu "cuidado" com a educação de seu filho. Ok, tudo bem! Parei de olhar e me voltei para meu próprio prato. Mas, logo em seguida, comecei a me chocar por outra coisa. A reação da criança! Ficou absolutamente calada, quase estática em seu lugar durante todo o restante do almoço. Parecia estar paralisada de medo. Sua obediência era exemplar. Nem um pio sequer, nem um esboço de movimento, difícil até perceber se ela levantava o rosto. E isso parece não ter causado nenhuma outra reação no pai, que parecia convencido de sua missão. Mas, e a criança, o que sentia? Vergonha, humilhação, impotência, insegurança, abandono?

Ver esta reação da criança me fez pensar em algo que as vezes parece tão óbvio, mas tão difícil de ser colocado em prática: Uma educação sustentada no afeto, e não na agressividade. Nós precisamos de uma casa e de uma família sadia para nos constituirmos emocionalmente fortes. Aí está o óbvio da questão, pois se trata de um princípio inquestionável. Mas, nunca é tão simples. Se tudo fosse tão simples, talvez a psicanálise e a psicologia nem existissem! E precisaríamos deixar de ser humanos também.

Claro que, depois de adultos, podemos recuperar parte do "estrago" que experimentamos na infância, mas poderíamos evitar muito desse sofrimento se existisse mesmo a luta e a disposição para transformar a família em um local de harmonia, onde o respeito ao outro (criança) deve prevalecer acima de tudo, e onde sempre haja motivo para o cuidado e o amor... só isso! Isso não significa ser passivo diante de uma atitude equivocada da criança, significa apenas que algo diferente deve ser colocado no lugar da agressividade e da ofensa. Esse pai, portanto, é exatamente o outro polo daquele pai submisso que, incapaz de colocar limites, ajuda na formação de "pequenas majestades".

Mas, é comum ouvir pessoas, principalmente de uma ou duas gerações passadas, dizerem que o "sofrimento nos fortalece". Isso já serviu como pano de fundo e justificativa para uma educação "tirânica" e carente de afeto. É lógico que a dureza da realidade está aí para nos ensinar algo. Mas, será que não podemos aprender de outra forma? Temos mesmo que agir de uma forma que beira a crueldade com os filhos? Quem disse que uma educação centrada no respeito e no carinho não torna uma criança muito mais forte e segura que uma educação centrada na simples severidade? Veja, não estou falando de limites. Isso é outra coisa! Estou falando de se negar afeto.

Ora, o sofrimento, se nos ensina algo, é sempre nos machucando, ferindo, causando dor. O máximo que ele consegue é nos "embrutecer" e isso não é ser "emocionalmente sadio". A realidade já será devidamente dura para todos nós e nossas crianças, mas pra que antecipar estes sofrimentos? Torná-la capaz de sobreviver à dureza da realidade não significa envolve-la em sofrimento desde cedo. Significa dotá-la de afeto, lhe dar a segurança de saber que é amada, pois é este afeto que a tornará forte para enfrentar a vida. Uma vida dura leva ao sacrifício de muitos afetos e, consequentemente, da felicidade. Então, acreditar que uma educação baseada no sofrimento ajuda a suportar melhor a vida é só reproduzir aquilo que se aprendeu e se recebeu: uma vida sem afeto! Nada mais que isso. Temos mesmo que reproduzir isso? E não adianta culpar quem nos causou algum sofrimento. A responsabilidade por mudar é nossa. Somente nossa!

Enfim, há poucas coisas tão terríveis na vida quanto ver uma criança que, na sua paralisia e medo, mostra todo o seu desamparo afetivo. Nessa hora, alguma lembrança pode vir à mente, você suspira fundo, se identifica com algo e logo percebe: não precisava ser assim! Podia ter sido de forma diferente! Mas, vamos em frente!!!

(José Henrique P. e Silva)

Um instante...o amor!

Foto: Vindos de histórias de vida amargas, Dodge e Penny conheceram-se ha poucos dias, experimentam momentos tensos e divertidos e agora, instantes antes do fim do mundo, se encontram. Se abraçam, deitam lado a lado, com as mãos dadas e olhares voltados um para o outro. Enquanto aguardam o momento final travam o seguinte diálogo (do filme "Procura-se um amigo para o fim do mundo").

 - Eu não quero dormir, tudo bem? Não me deixe dormir, prometa, diz Penny.
- Eu prometo. E seus pais?
- Eles são românticos e entenderão. Além disso eles têm um ao outro. Eu só quero ficar com você.
- E eu com você.
- Eu não poderia viver sem você. Não importa por quanto tempo. O que fazemos agora?
- Só quero ficar deitado com você. Só quero conversar com você.
- Sobre o que quer conversar?
- Onde você cresceu?

(ela conta um pouco de sua história, e enquanto o barulho de explosões na cidade começa a acontecer ele continua a lhe acariciar os cabelos e  lhe fazer perguntas sobre sua vida, sem tirar os olhos dela)

- Queria ter conhecido você há muito tempo, quando éramos crianças, diz Penny.
- Não poderia acontecer de outro jeito. Tinha que ser agora.
- Mas não temos tempo suficiente
- Nunca teríamos tido
- Estou com medo
- Eu estou loucamente apaixonado por você Penny. Você é a minha coisa preferida em todo o mundo
- Achei que, de alguma forma, salvaríamos um ao outro
- Nós salvamos Penny, e estou muito feliz por ter conhecido você.

(ela chora... e sorri)

Quem disse, então, que alguns instantes de pleno amor não são suficientes para uma vida inteira ter valido a pena? São estes momentos que adquirem uma capacidade de ordenação de tudo o que aconteceu em nossa vida, nos oferecendo um sentido e nos trazendo uma serenidade nunca conquistada. Não acham? Não é isto que, no fundo, buscamos?


Vindos de histórias de vida amargas, Dodge e Penny conheceram-se ha poucos dias, experimentam momentos tensos e divertidos e agora, instantes antes do fim do mundo, se encontram. Se abraçam, deitam lado a lado, com as mãos dadas e olhares voltados um para o outro. Enquanto aguardam o momento final travam o seguinte diálogo (do filme "Procura-se um amigo para o fim do mundo").

- Eu não quero dormir, tudo bem? Não me deixe dormir, prometa, diz Penny.
- Eu prometo. E seus pais?
- Eles são românticos e entenderão. Além disso eles têm um ao outro. Eu só quero ficar com você.
- E eu com você.
- Eu não poderia viver sem você. Não importa por quanto tempo. O que fazemos agora?
- Só quero ficar deitado com você. Só quero conversar com você.
- Sobre o que quer conversar?
- Onde você cresceu?

(ela conta um pouco de sua história, e enquanto o barulho de explosões na cidade começa a acontecer ele continua a lhe acariciar os cabelos e lhe fazer perguntas sobre sua vida, sem tirar os olhos dela)

- Queria ter conhecido você há muito tempo, quando éramos crianças, diz Penny.
- Não poderia acontecer de outro jeito. Tinha que ser agora.
- Mas não temos tempo suficiente
- Nunca teríamos tido
- Estou com medo
- Eu estou loucamente apaixonado por você Penny. Você é a minha coisa preferida em todo o mundo
- Achei que, de alguma forma, salvaríamos um ao outro
- Nós salvamos Penny, e estou muito feliz por ter conhecido você.

(ela chora... e sorri)

Quem disse, então, que alguns instantes de pleno amor não são suficientes para uma vida inteira ter valido a pena? São estes momentos que adquirem uma capacidade de ordenação de tudo o que aconteceu em nossa vida, nos oferecendo um sentido e nos trazendo uma serenidade nunca conquistada. Não acham? Não é isto que, no fundo, buscamos?

(José Henrique P. e Silva)

sábado, 26 de julho de 2014

Transitoriedade!

É na transitoriedade das coisas que descobrimos sua beleza...! Se fossem eternas para que amá-las? Talvez isso ajude a entender porque "amor" e "perda" sempre caminhem tão pertinhos um do outro!!!

(José Henrique P. e Silva)

A impossibilidade de amar!

O filme trata de uma daquelas situações onde a pessoa se coloca na "impossibilidade" de amar, se fechando em uma armadura, forte e resistente, para proteger-se de si mesmo!!! Mas, há uma saída!!!

Foto: O filme trata de uma daquelas situações onde a pessoa se coloca na "impossibilidade" de amar, se fechando em uma armadura, forte e resistente, para proteger-se de si mesmo!!! Mas, há uma saída!!!

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Amamos o que está distante!

Foto
Uma boa noite... e sim, temos esse maravilhoso talento de querer e admirar o que está distante! Imaginamos enxergar uma luz, construímos um caminho de fantasias, escrevemos algumas letras e sentimos no coração...pronto... chegamos lá!!!

(José Henrique P. e Silva)

terça-feira, 24 de junho de 2014

Quando dois não conseguem ser "um!


- O grande conselho que ela dava era o de nunca se deixar consumir pelo amor romântico. Para ela, as amizades e o seu trabalho foram o que sempre lhe trouxeram maior felicidade;
- Concordo plenamente. É isso que fode a gente não é? Essa ideia de alma gêmea, alguém que vem nos completar e nos salvar de ter que cuidar de nós mesmos;
- Cada um, afinal, deve cuidar um pouco de si mesmo, com algum espaço no meio, para os dois;

(Adaptado do filme "Antes da Meia Noite").

Pois é, quem amamos é a nossa "alma gêmea"? Confesso que não curto muito esse conceito. "Alma gêmea" é mais a expressão de um desejo que temos de que o outro nos complete totalmente em nossas necessidades e faltas. Na prática, as coisas parecem não funcionar tão assim e cada um de nós tem de estar mesmo preparado para cuidar um pouco de si, independente de quem ama. Precisamos do outro sim, mas não podemos construir a fantasia de uma completude que nos anula. Não é fácil, e acabamos deixando que a fantasia da "alma gêmea" nos desvie a atenção de que um relacionamento exige muito esforço de construção. E aí acabamos pagando um preço muito alto com muitas decepções e angústias. Talvez essa seja uma daquelas questões "insolúveis", ou seja, sabemos que jamais seremos "um só", mas não abriremos mão desta fantasia. Mas, não é este o papel da "fantasia"? Nos oferecer um pouco de consolo diante da "realidade"!!! Talvez por isso, para cada um que anuncia o fim do "amor romântico", um outro casal apaixonado surge!!! Só chamo a atenção para a última frase do diálogo acima, pois o "amor" deve ocupar justamente aquele espaço no "meio", deixando um pouco de si para cada um!!!

Coisas de Casal!

No início tudo pode parecer bem simples e nada parece exigir tanto esforço assim. Muitas vezes, mesmo se considerando correto, um acaba cedendo ao outro, pede desculpas, assume um erro, ouve desaforos calado etc. Tudo em nome de uma suposta "paz" e de um "viver bem". No início, é bem verdade, isso parece não tomar muita energia, não suga muito, não exige demais, ninguém se importa tanto. Podemos até nos sentir melhores, mais generosos, mais fortes. Pode ser! Mas, se isso se torna recorrente, e vira um hábito ao longo do relacionamento, algo de muito complicado começa a se instalar na relação, que fica muito "desigual". Um se acostuma a não se movimentar para mudar, e outro se acostuma a ceder e pedir desculpas. Pronto! Está semeada a possibilidade de algo muito sério vir a acontecer abalando o relacionamento. O que se perdeu no meio de tudo isto foi a capacidade do DIÁLOGO. A capacidade da generosidade de ouvir, a capacidade de se respeitar, mesmo diante do erro do outro. No final, pode-se ter alguém que se pretenderá onipotente, e outro alguém que se colocará como servo. Nada bom! Pouco promissor!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

O estranho que encanta!

Foto

Acredito que é sempre algo estranho que nos encanta, aquilo que destoa, que escapa à simetria, que é único, que se destaca por ser diferente...talvez por isso, hoje em dia, quanto mais as pessoas buscam ser "iguais" menos elas se tornam "atraentes"...É essa coisinha pequena e estranha, mas que encanta, que faz todo o resto ficar lindo! (José Henrique P. e Silva)

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Amor "idealizado"... que medo!

Pois é, o amor "idealizado" em épocas de comunicação on-line tem causado danos seríssimos em muitas pessoas! Costumo sempre pensar que O AMOR IDEALIZADO NÃO ABRE BRECHAS PARA O REAL, É O TERRITÓRIO DA FANTASIA. Uma de suas características é que, para manter-se idealizado, pode até mesmo haver uma recusa em encontrar a pessoa "frente a frente" pelo medo que a realidade "frustre" esse amor. Nesse sentido, a voz, as palavras, passam a funcionar como elementos que vão sustentar a imagem idealizada da pessoa amada em nossa fantasia. Tudo produto nosso tá, de nossos desejos e necessidades. A pessoa não tem nada a ver, necessariamente, com o que estamos idealizando a respeito dela! Quando este laço é cortado...o dano é seríssimo e vem acompanhado de uma angústia inominável!!! Quer um exemplo? Assista ao filme "ELA".