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sexta-feira, 4 de julho de 2014

O cotidiano também traz oportunidades!

Foto: Dado o extremo apego a "comédias românticas" e certa resistência em encarar filmes "arrastados" e com diálogos longos, definitivamente, NEBRASKA (2013) não é um filme para grandes públicos. Mas, se você tiver um pouco de paciência e gostar mesmo de acompanhar os personagens buscando identificações nos pequenos gestos e expressões, pode gostar. O filme trata de um cotidiano horrível e maravilhosamente comum. Horrível porque nosso cotidiano pode ser entediante a ponto de nos tornarmos amargos, silenciosos e fáceis vítimas de uma FANTASIA que alimente algum tipo de esperança em nossa vida. Mas, maravilhoso porque é neste cotidiano simples e arrastado que nossas relações são construídas e podemos nos sentir parte de algo. É neste cotidiano, mesmo arrastado e amargurado, que temos sempre a chance de pequenas descobertas acerca dos que estão ao nosso redor e de nós mesmos. Lembranças, pequenas revelações, como que pequenas peças de um quebra-cabeças, vão surgindo e dando forma, fazendo sentido, ao que parecia desconexo. É assim que, uma pequena viagem, de poucos dias, pode possibilitar diálogos e descobertas que toda uma vida tinha esquecido ou transformado em amargura. Nada é garantia de certeza ou felicidade, mas... de alguma esperança! No final das contas, mesmo sem percebermos já estamos pertencendo a algo... a uma família, por exemplo. E não estamos tão sozinhos assim! E aí é o momento em que tantas fantasias devem dar lugar de volta à realidade, dura e fria, mas repleta de possibilidades e reencontros com os que amamos. Não perdemos nada com esses pequenos esforços... só ganhamos! Nos livramos de fantasias que nos paralisavam! 

(José Henrique P. e Silva)

Dado o extremo apego a "comédias românticas" e certa resistência em encarar filmes "arrastados" e com diálogos longos, definitivamente, NEBRASKA (2013) não é um filme para grandes públicos. Mas, se você tiver um pouco de paciência e gostar mesmo de acompanhar os personagens buscando identificações nos pequenos gestos e expressões, pode gostar. O filme trata de um cotidiano horrível e maravilhosamente comum. Horrível porque nosso cotidiano pode ser entediante a ponto de nos tornarmos amargos, silenciosos e fáceis vítimas de uma FANTASIA que alimente algum tipo de esperança em nossa vida. Mas, maravilhoso porque é neste cotidiano simples e arrastado que nossas relações são construídas e podemos nos sentir parte de algo. É neste cotidiano, mesmo arrastado e amargurado, que temos sempre a chance de pequenas descobertas acerca dos que estão ao nosso redor e de nós mesmos. Lembranças, pequenas revelações, como que pequenas peças de um quebra-cabeças, vão surgindo e dando forma, fazendo sentido, ao que parecia desconexo. É assim que, uma pequena viagem, de poucos dias, pode possibilitar diálogos e descobertas que toda uma vida tinha esquecido ou transformado em amargura. Nada é garantia de certeza ou felicidade, mas... de alguma esperança! No final das contas, mesmo sem percebermos já estamos pertencendo a algo... a uma família, por exemplo. E não estamos tão sozinhos assim! E aí é o momento em que tantas fantasias devem dar lugar de volta à realidade, dura e fria, mas repleta de possibilidades e reencontros com os que amamos. Não perdemos nada com esses pequenos esforços... só ganhamos! Nos livramos de fantasias que nos paralisavam! 

(José Henrique P. e Silva)
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Essa frase é muito legal. Quer um exemplo disso? As vezes pensamos que só o que nos deixa felizes é o que está "lá fora" (compras, passeios, viagens, restaurantes, amigos, shows etc. etc. etc.) e tudo isto é maravilhoso mesmo mas, e quando não podemos? Aí a questão é se "contentar"? Não!!! A questão é uma mudança de olhar. Eu mesmo aprendi um pouco a respeitar isso quando, nos feriados prolongados, por exemplo, o "mundo" parece deixar a cidade e, de repente, passo a curtir coisas bem simples que estão por ali, pertinho... que dependem mais de um olhar atencioso que de ações mirabolantes... É aquela coisa de estar feliz com o "momento" e não com a "coisa". Isso nos faz deixar de precisar buscar tanto, tanto, tanto, tanto...!!! Nosso universo interior é muito rico em possibilidades, só precisamos assumir isso como um fator de felicidade!!!

(José Henrique P. e Silva)

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Sobre o "entorpecimento" e o tempo cíclico

O "entorpecimento" é uma das características que o indivíduo assume em alguns estágios da depressividade ou num momento de tristeza mais acentuada. Implica num certo desligamento em relação à realidade, numa ida em direção a um lugar carente de relações com os outros e com os objetos. Um lugar onde estas relações perderam grande parte do interesse, e pouca libido é destinada para esse fim. Há uma quase "esterilidade", algo muito pouco útil do ponto de vista das relações sociais. 


Não é a "morte", mas uma "queda" em relação àquele tempo "linear" que hoje, por exemplo, na pós-modernidade, está bem claro na forte exigência de sermos felizes a todo instante. É esse tempo linear (onde somos permanentemente "felizes") que dá lugar a um tempo "cíclico" (onde a "tristeza" se faz presente com legitimidade), que implica uma ruptura, uma queda, uma depressividade. Não é a morte, nem é um abismo que nos suga, indefinidamente. É uma queda, normal e comum a todo ciclo que, pode se esgotar e revelar uma "transição", um "renascimento". 

Ficar triste, sentir-se sozinho, não encontrar paz mesmo no contato com outras pessoas queridas, parecem ser sentimentos que ganham relevância para muitas pessoas em determinados momentos. As vezes, só precisamos mesmo sair do tempo linear e não nos obrigarmos a fazer aquilo que não podemos. Talvez estejam exigindo que sejamos mais felizes do que podemos agora, nesse momento. Se percebermos isso e não nos obrigarmos a tudo poderemos enxergar que pode ser só um momento, uma transição, uma pequena queda. E aí, percebendo isto, podemos até continuar um pouco tristes, mas não abriremos mão de dar uma chance para o próximo dia amanhecer. Ele trará novas possibilidades! 

Este entorpecimento de que falo não é quele que permeia toda a "típica" depressão, com duração longa e profundidade acentuada, como no exemplo do que acometeu o personagem do álbum The Wall (Pink Floyd), onde o tema do "entorpecimento" percorre todas as músicas. Mas, insisto, não se trata de um diagnóstico fácil pois cada vez mais as depressões estão "sorrateiras" e as tristeza cada vez mais "profundas"...como se estivessem se "normalizando" e evitando as grandes "quedas"!!!


Foto: SOBRE O "ENTORPECIMENTO" E O TEMPO CÍCLICO

O "entorpecimento" é uma das características que o indivíduo assume em alguns estágios da depressividade. Mas, o que significa "entorpecimento"? De imediato, implica num certo desligamento em relação à realidade, numa ida em direção a um lugar carente de relações com os outros e com os objetos. Um lugar onde estas relações perderam grande parte do interesse, e pouca libido é destinada para esse fim. Há uma quase "esterilidade", algo muito pouco útil do ponto de vista das relações sociais. Não é a "morte", mas uma "queda" em relação àquele tempo "linear" que hoje, por exemplo, na pós-modernidade, está bem claro na forte exigência de sermos felizes a todo instante. É esse tempo linear que dá lugar a um tempo "cíclico", que implica uma ruptura, uma queda, uma depressividade. Mas, se não é a morte, também não é o "abismo", aquele que nos suga, indefinidamente. É uma queda, normal e comum a todo círculo, a todo ciclo que, ao se esgotar, revela uma permanente "transição", um permanente "renascimento". 

Ficar triste, sentir-se sozinho, não encontrar paz mesmo no contato com outras pessoas queridas, parecem ser sentimentos que ganham relevância para muitas pessoas em determinados momentos. As vezes, só precisamos mesmo sair do tempo linear e não nos obrigarmos a fazer aquilo que não podemos. Talvez estejam exigindo que sejamos mais felizes do que podemos agora, nesse momento. Se percebermos isso e não nos obrigarmos a tudo poderemos enxergar que pode ser só um momento, uma transição, uma pequena queda. E aí, percebendo isto, podemos até continuar um pouco tristes, mas não abriremos mão de dar uma chance para o próximo dia amanhecer. Ele trará novas possibilidades!!!

A imagem abaixo é uma referência direta ao álbum The Wall (Pink Floyd) onde o tema do "entorpecimento" percorre todas as músicas.

(José Henrique P. e Silva)

terça-feira, 17 de junho de 2014

É no caminho que a felicidade se encontra?

Algumas vezes, certas decisões na vida nos causam algum hesitação, medo e até dor. Mas, que dor pode ser maior que a de desistir de tentar ser melhor? Tudo bem, as vezes não sabemos mesmo qual vai ser o resultado, mas isso serve pra nos fazer parar e desistir? Não podemos imaginar cada decisão na vida como sendo a "última" ou aquela que tem que ser a "acertada". Isso é muito opressor. Quem pode garantir algo nessa vida? Não somos fortes e nem sabemos se seremos fortes no final, mas no caminho podemos nos sentir e tornar fortes. Não é a dúvida que nos destrói, é a paralisia, a hesitação. Essa é mortífera! O risco nos traz a vontade de caminhar e nos faz sentir vivos. O problema é que a gente se permite sofrer por muito tempo. Então o que pode ser pior que dar outro passo à frente e mudar? Insisto, nenhuma dor é maior que a dor de não se permitir ser feliz ou viver, realmente viver! Usamos armaduras e máscaras a todo instante. Só queremos proteção, e acabamos esquecendo que podemos ser fortes e autênticos sem máscara alguma e sem armadura alguma. Muitas vezes, mesmo sem saber o que a vida nos reserva podemos nos sentir felizes. Assim, abandonar a tentativa ilusória de controlar tudo e encarar cada momento como um desafio a ser superado e que pode trazer satisfação e felicidade pode ser fascinante. É no caminho que a felicidade pode se encontrar. Lembro de Emily Dickinson nos dizendo que a esperança é como um pássaro que se empoleira na alma. Pois é, eu não quero que ele saia dali. Aconteça o que acontecer, quero mantê-lo ali, sempre lembrando de uma felicidade possível e conquistada vez por outra. Acho que isso nos fala um pouco de "fé" não é? O que mais pode significar a fé senão ir-se em direção a um caminho desconhecido e arriscado e, ainda assim, não desistir? Ora, se não desistimos é porque, de alguma forma, acreditamos em algo poderoso o suficiente para nos mover em direção ao desconhecido. Pra que recusar a esperança?