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domingo, 27 de julho de 2014

Verdadeiro x Falso Self: A divisão que nos torna "normais" (Winnicott)

Foto: VERDADEIRO X FALSO SELF: A "DIVISÃO" QUE NOS TORNA "NORMAIS" (Winnicott)

Nesta palestra de 1964 Winnicott nos oferece uma rápida diferenciação entre o verdadeiro e o falso self. Trata-se de uma "divisão" que todos nós possuímos e que nos torna "doentes" e, ao mesmo tempo, "saudáveis" e "normais". Esta "divisão" é uma cisão na mente (que, em grau profundo, gera a esquizofrenia). Um exemplo bem simples: A sociedade nos exige, para nossa convivência pacífica, altos graus de concordância e adaptação. Por isso, aprendemos, desde cedo, a dizer "obrigado", por polidez, e não necessariamente porque queremos dizer. Ou seja, aceitamos as regras em boa parte para melhor convivermos e administrarmos a vida. A "regra" é sempre um preço a pagar pela "socialização". Este é um belo atalho para a neurose. 

São tais concessões que, por vezes, levam à construção de um falso self. É esse falso self que, por vezes, contrasta com o self verdadeiro, aquele que mantém nossos desejos, que é de nossa privacidade. Nessa luta, estamos todos, e a todo instante, envolvidos, adoecemos por vezes, mas isso é parte de nossa "normalidade"! A "civilização" tem um custo, e quem paga o preço é o nosso "desejo"...não é aí que está a raiz do "mal-estar"? Aparentemente irremediável por sinal. Estamos falando da natureza humana, daquilo que, talvez, seja a nossa maior característica: somos seres "divididos"!!!

(José Henrique P. e Silva)
Nesta palestra de 1964 Winnicott nos oferece uma rápida diferenciação entre o verdadeiro e o falso self. Trata-se de uma "divisão" que todos nós possuímos e que nos torna "doentes" e, ao mesmo tempo, "saudáveis" e "normais". Esta "divisão" é uma cisão na mente (que, em grau profundo, gera a esquizofrenia). Um exemplo bem simples: A sociedade nos exige, para nossa convivência pacífica, altos graus de concordância e adaptação. Por isso, aprendemos, desde cedo, a dizer "obrigado", por polidez, e não necessariamente porque queremos dizer. Ou seja, aceitamos as regras em boa parte para melhor convivermos e administrarmos a vida. A "regra" é sempre um preço a pagar pela "socialização". Este é um belo atalho para a neurose. 

São tais concessões que, por vezes, levam à construção de um falso self. É esse falso self que, por vezes, contrasta com o self verdadeiro, aquele que mantém nossos desejos, que é de nossa privacidade. Nessa luta, estamos todos, e a todo instante, envolvidos, adoecemos por vezes, mas isso é parte de nossa "normalidade"! A "civilização" tem um custo, e quem paga o preço é o nosso "desejo"...não é aí que está a raiz do "mal-estar"? Aparentemente irremediável por sinal. Estamos falando da natureza humana, daquilo que, talvez, seja a nossa maior característica: somos seres "divididos"!!!

(José Henrique P. e Silva)