Antidepressivos existem às dezenas, e vendem bem, aliás, muito bem, e em determinados de crise intensa podem se mostrar eficazes em manter o indivíduo em um equilíbrio razoável. O que isto tem a ver com "cura"? Praticamente nada! A atuação do antidepressivo é bioquímica e sua função é "aliviar" momento de crise. Por isso imaginar a possibilidade de "cura" é só uma fantasia que desenvolvemos na busca de algo "milagroso" e "rápido" no tratamento, como se a depressão fosse algo "externo" a nós mesmos. Não é!
A depressão resulta de alterações na autoestima que trazem à tona a história infantil e a realidade atual e as coloca em choque. Por isso que cada depressão é uma depressão específica, própria daquele indivíduo. É preciso, portanto, no tratamento, buscar a chamada "raiz do problema" na história do indivíduo e sua relação com a realidade. Pensar que antidepressivo "cura", enfatizo, é só uma fantasia nossa em busca de uma cura milagrosa. O tratamento é lento e exige muito esforço...infelizmente! Isso ajuda a entender porque tantas pessoas chegam às clínicas com o objetivo de "deixar de usar o antidepressivo" pelos seus efeitos colaterais. Mas, é evidente que este é o ponto de vista da psicanálise!!!
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