sábado, 26 de julho de 2014

A paixão no ato de escrever!

Gosto de ler, seja como obrigação seja como hobby e, como leitor, gosto de textos que contenham dois impulsos fundamentais: o impulso da "LÓGICA" e o da "REBELDIA". Sim, porque, por vezes, o autor precisa viver uma espécie de "conflito produtivo", encontrar alguma oposição pela frente para fazer algo melhor, mais intenso. E gosto de textos que transmitem esse "conflito". Mas, ainda como leitor, o que me parece mesmo fazer com que um texto consiga adentrar no imaginário é a utilização de um terceiro impulso, o da "PAIXÃO", aquele impulso que te faz colocar-se, enquanto escritor, no lugar do leitor, respeitá-lo, querer que ele te entenda, que acompanhe teu raciocínio e que chegue, junto com você, às conclusões. É este impulso que impede ao escritor, acredito, assumir uma posição arrogante, essencialmente vaidosa, tão típicas de posturas intelectualizantes que, na verdade, são apenas carentes de atenção e maior segurança. A paixão na escrita ajuda a revelar um escritor que não quer somente "aceitação" e "aplauso". O discurso da "paixão" precisa do leitor, e do seu amor. Acho que é por isso que talvez me apaixone por certos autores e certos livros.

(José Henrique P. e Silva)

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